28.7.08

Enquanto isso, em outros festivais...


Foi confirmada a participação do quarteto argentino The Tandooris no festival Porão do Rock desse ano. O festival rola nos dias 1 e 2 de agosto. Os punk-garageiros-psicodélicos-cucarachas estão escalados para dividir a noite do segundo dia - um sábado, diga-se - a mesma em que tocam os indie-metaleiros de boutique do Muse.

Virtualmente desconhecida no Brasil, a banda já conta com dois bons discos no currículo (Walking Blind, de 2003 e Science Fiction Guaranteed, de 2005, ambos pela No Fun Records) e prepara um inevitável ao vivo: Bombs Away, que deve sair pela Scatter Records ainda esse ano.

No site Senhor F tem uma entrevista (com as repostas em espanhol, vá entender) com o vocalista e guitarrista Dario Georges. Pra ler, clica aqui e vai com Deus.

Abaixo, um vídeo dos figuras pinçado do YouTube:

[[The Tandooris - Looking for a Nurse]]





24.7.08

Essa é pra descontrair

Na Comic-Con, revista 'MAD' faz paródia da HQ 'Watchmen'
Recriação tira sarro da seriedade da obra de Alan Moore.
Batizada de "Botchmen", história circula gratuitamente no evento em San Diego.
Diego Assis Do G1, em San Diego


De carona na expectativa em torno do anúncio de mais detalhes sobre a adaptação de "Watchmen" para o cinema, a revista "MAD" saiu na frente e já distribui gratuitamente aos frequentadores da San Diego Comic-Con uma edição especial da publicação de humor com uma paródia da clássica graphic novel de Alan Moore e Dave Gibbons.

Assinada por Desmond Devlin e com arte de Glenn Fabry, "Botchmen" reconta - de forma breve, sacana e, claro, sem nenhum compromisso com a fidelidade - a história das investigações de um grupo de heróis sobre a morte do Funnyman (o "cara engraçado" em referência ao Comediante da HQ original). Entre outras palhaçadas, a paródia veste o peladão Dr. Manhattan com uma samba-canção estampada de smileys, tira um sarro do cabecismo e do texto cheio de entrelinhas e referências históricas de Moore - "há sempre um paralelismo direto, concomitante em cada página deste livro" - e, claro, sobra até para Zack Snyder, diretor responsável pela filmagem da HQ em Hollywood.

Em um diálogo entre Rorschach e Ozymandias , o primeiro questiona: "Mas nossa história é estruturalmente complexa, um statement artístico maduro. Será que um grande estúdio de cinema vai entender e honrar o material original?". Ao que Ozymandias, confiante, responde: "Nada com o que se preocupar! Os produtores e o diretor do filme já criaram projetos tão maduros e nuançados quanto '300' , ' Casa de cera' e ' 10.000 a.C.' !"

Além de "Botchmen", a edição especial da "MAD" traz também uma lista dos "oito melhores quadrinhos de todos os tempos", incluindo o fictício "Quarteto Fantástico # 444", "Super Harvey Pekar-Man" e o hilário "Multiple Issues: Infinite Identity" Countdown to Final Crisis ad Infinitum", uma tiração de sarro com as intermináveis e seguidas sagas da DC Comics que sempre que lançadas prometem abalar o universo dos super-heróis da editora de forma jamais vista etc. etc.

Em tempo: algumas das principais lendas-vivas da revista de humor americana, entre eles Sergio Aragones, Al Feldstein e Al Jaffee, estarão presentes neste quatro dias na Comic-Con.

[[Comentário canalha:]] O pessoal da MAD é conhecido por tirar onda com coisas sérias. Nesse caso, a paródia vem a calhar. É um belo alívio cômico antes da tragédia.


20.7.08

Da série "Grandes filmes ruins do cinema nacional"...

O amor nos tempos do blog

Nome Próprio, filme baseado na obra de Clarah Averbuck que estréia em Natal neste fim de semana, é tão superficial quanto a literatura da escritora gaúcha.

Por Alexis Peixoto

É velha a discussão sobre a validade e a qualidade das adaptações literárias para a tela grande do cinema. Na maioria dos casos, é comum os leitores da obra original reclamarem deste ou daquele aspecto do livro que o filme deixou de fora. No caso de Nome Próprio, filme dirigido por Murilo Salles, baseado na obra da escritora gaúcha Clarah Averbuck e estrelado por Leandra Leal, os fãs não têm do que reclamar. O filme, que estréia em Natal neste fim de semana, é uma transposição fiel dos escritos de Averbuck. O problema é que isso não é necessariamente uma vantagem.

Clarah Averbuck é um dos expoentes da geração de escritores a surgir a partir dos blogs e zines eletrônicos da internet. A partir das postagens em seu blog, logo atraiu uma legião de admiradores por meio de seus textos virulentos e curtos, nos quais expunha detalhes íntimos e dolorosos de seu cotidiano na cidade de São Paulo. O ibope alto logo atraiu a atenção de uma grande editora e em 2002 a Conrad publicou Máquina de Pinball, romance de estréia da escritora. É principalmente nesse livro que se baseia o roteiro de Nome Próprio.

Leandra Leal é Camila, uma jovem aspirante à escritora que deixa a aridez de Brasília e parte para São Paulo, onde espera encontrar o amor e a inspiração para escrever seu primeiro livro que, ela espera, impulsionará toda uma futura carreira literária. Na capital paulista, Camila se entope de drogas e pula de casa em casa, de namorado em namorado, de bar em bar, tendo como único companheiro e confidente seu blog onde publica diariamente suas angústias. E assim o filme se arrasta durante mais de duas horas, em planos de câmera apenas corretos e sem qualquer aprofundamento nos personagens que mais parecem objetos cenográficos do que pessoas de verdade, tamanha é a inexpressividade com que são retratados.

A falta de interesse é tanta que nem a protagonista escapa do problema: o filme não dá nenhuma pista do porque de Camila ser tão problemática, tampouco se preocupa em explicar o que afinal levou uma garota de vinte e poucos anos a largar tudo e partir para uma cidade grande e desconhecida para fazer literatura. O que o espectador pode concluir instintivamente após o terceiro namorado expulsá-la de casa, é que Camila é problemática por que sofre de uma enorme carência afetiva, que ela tenta curar chamando atenção das maneiras mais constrangedoras possíveis. Uma pena que o filme insista em querer romantizar esse tipo de comportamento desregrado, o que nem de longe contribuiu para que a platéia se identifique ou tenha o mínimo de sentimento de compaixão para com a personagem.

Mas em meio a tanto chilique o filme ainda traz, ainda que discretamente, uma discussão relevante. A obsessão quase infantil com que Camila se dedica ao seu blog passa por um retrato fiel do jovem no Brasil de hoje, que nutre uma relação de dependência doentia com a internet, evidenciada no fato de que 60% dos usuários da rede de relacionamentos do site Orkut são brasileiros. Eis aqui um tema que poderia ter algum destaque no roteiro, mas que infelizmente se perde fácil entre briguinhas de casal, cenas gratuitas de nudez pretensamente viscerais e referências forçadas a bandas de rock e escritores malditos, prontas para agradar aos descolados da primeira fila. Tudo muito fiel à escrita superficial e piegas de Clarah Averbuck, que alguns blogueiros mais antenados adoram taxar de gênio incompreendido. Pode até ser que o futuro os dê razão. Mas depois da saraivada de argumentos contra essa tese fornecidos por Nome Próprio, os defensores da gaúcha terão que suar se quiserem garantir o lugar de Averbuck no rol dos grandes nomes da literatura brasileira.

*Publicado na edição de 19/07/2008 do jornal Na Semana.

18.7.08

O horror, o horror...

Enquanto o novo Batman chega às telas do mundo, essa abominação se espalha pela internet. Não adiantou a torcida contra. Eis o primeiro trailer oficial de Watchmen, dirigido pelo criminoso Zack Snyder, culpado por 300.

O filme ainda está um ano distante, mas já soltaram algumas imagens chaves no trailer. Tenho que dar o braço a torcer e admitir que algumas cenas ficaram muito boas, como a da transformação do Dr. Manhattan e a do Comediante sendo arremessado pela janela. O resto dá medo, muito medo. Incluindo a trilha sonora de Billy Corgan e a palavra "visionário" na frente do nome de Zack Snyder.

[[Atualização]]: No IMDB tem uma série de fotografias do filme, com fotos de Rorschach, Silk Espectre, Comediante e Ozzymandias, além de algumas ruas de Nova Iorque que aparecem na série. Tudo aqui.




17.7.08

Te cuida, Jack Nicholson

[[BWAN HA-HA-HA!!!]]

Batman - O Cavaleiro das Trevas
Estréia mundial 18/07 (vulgo amanhã)



11.7.08

Acabou o mistério

[[Festival MADA confirma atrações internacionais]]

Uruguaios do Motosierra e o americano Josh Rouse estarão na escalação do festival que também traz Seu Jorge, Pato Fu e Lobão entre os dias 14 e 16 de agosto.

Os 10 anos do Festival Mada — Música Alimento da Alma — terá duas apostas da cena independente da América Latina e dos Estados Unidos. Estão confirmados o grupo uruguaio Motosierra, um dos grandes nomes do rock latino da atualidade, que se apresentará na quinta-feira, dia 14 de agosto; e o cantor e compositor Josh Rouse (acima), conhecido artista que faz uma mistura de folk rock influenciado por lendas como Bob Dylan e Neil Young.

Josh Rouse, que vem pela primeira vez ao Brasil, se apresentará no sábado 16, trazendo na bagagem o disco “Country Mouse, City House”. O músico já participou de trilhas sonoras de filmes e séries como Vanilla Sky, Quase Famosos, Grey'’s Anatomy.

O cantor e compositor faz um folk muito elogiado pelos veículos europeus e americanos, e acaba de lançar "Country Mouse, City House“, que é o sétimo álbum de uma discografia belíssima em que se destacam principalmente os três mais recentes, "1972" (2004), "Nashville" (2005) e "Subtitulo" (2006), este último é um trabalho com referências a música popular brasileira, mais especificamente da bossa nova, como mostra o nome do cd, assim mesmo em espanhol.

Já o Motosierra, grupo formado no final dos anos 90 em Montevidéu, Uruguai, é hoje uma das bandas fundamentais no rock pesado sul-americano. Tem influências de Dwarves, Turbonegro, Motörhead, GG Allin e alia acordes punks, vocais berrados, velocidade e hedonismo sônico. Já dividiu discos e palcos no Brasil com Forgotten Boys e apresentações históricas com os argentinos do Killer Dolls.

O quarteto latino inspirado no Iggy Pop e Motorhead tem uma vasta discografia entre Álbuns EP’s e coletâneas lançadas na Argentina, Europa e Japão. O último disco lançado no Brasil se chama “XXX” (2005).


Motosierra é formado por Gabriel Barbieri (baixo), Luis Machado (guitarra) Álvaro “Walo” Crespo (bateria) e Marcos Fernández (vocal).

Esta não é a primeira experiência do Mada com bandas estrangeiras. Em 2004 o festival trouxe com exclusividade para o Brasil, a banda nova-iorquina The Walkmen, que atualmente trilha uma carreira bem-sucedida nos EUA e Europa. No ano passado, o Mada trouxe os canadenses The Russian Futurists, fazendo uma releitura moderna do tecno pop.

O festival será realizado em Natal, na Arena do Hotel Imirá, de 14 a 16 de agosto e conta com a participação do carioca Seu Jorge, pela primeira vez em Natal; mais os mineiros Patu Fu, o roqueiro Lobão, os pernambucanos do Cordel do Fogo Encantado, e a banda O Rappa.


Entre os artistas e bandas independentes estão Curumin (SP), Mallu Magalhães (SP), Sweet Fanny Adams (PE), Poliester (RS), Falcatrua (MG), Brand New Hate (RN), Lunares(RN), Síntese Modular (RN), Rosa de Pedra (RN), Os Poetas Elétricos(RN), BarbieKill (RN) e Macanjo (RJ).


[[Comentário canalha]]: No final, até que valeu a pena esperar. Tanto o Motosierra quanto Josh Rouse agradam bastante os ouvidos do autor desta folha virtual. Na sequência, comentários mais abalizados sobre os dois novatos na festa.

Texto: Fato Novo Comunicação

Foto: Divulgação

10.7.08

Barbas de molho

O que acontece quando duas bandas outrora hypadas e atualmente confinadas ao limbo unem forças? O apocalipse, você pode argumentar – e não vai estar totalmente errado. Mas nesse caso, o negócio pode até resultar em algo interessante.

Segundo uma nota pouco esclarecedora publicada no site oficial dos Strokes, o baterista da banda e “doublé” de brasileiro Fabrizio Moretti está unindo forças com Rodrigo Amarante, guitarrista e vocalista do Los Hermanos em um projeto intitulado Little Joy.

Nada de muito concreto foi divulgado por enquanto. Tudo o que se sabe até agora é que o disco, que também vai ter participação de um tal de Binki Shapiro (quem?) sai ainda este ano, via Rough Trade, selo que lançou os primeiros singles dos Strokes além de discos de Libertines, Smiths, entre outros.

Antes de ouvir, não dá para dizer nada. O mínimo é esperar que seja melhor que as investidas solo de Albert Hammond Jr. e Marcelo Camelo. O que, convenhamos, não é lá muito difícil.

Mas o pior é que eu boto fé em Rodrigo Amarante. Aguardemos.

8.7.08

Estocadas rápidas

Saraivada de notícias que provavelmente NÃO vão mudar sua vida. Mas podem lá ter uma certa relevância nos tempos atuais.



* Saíram alguns nomes confirmados para a edição 2008 do Festival Mada. Pato Fu, Curumim e Seu Jorge já eram conhecidos desde o início de junho. As novidades agora são Lobão (a turma do boato já sabia), Cordel do Fogo Encantado (idem), Autoramas e a uruguaia Motossierra, até agora a melhor surpresa da história. Por enquanto nada das gringas hypadas prometidas pela produção do festival.

* Depois de um período de hibernação, tem edição nova da Revista Wave no ar. No oitavo número, textos sobre o novo disco do Coldplay, CD e DVD novo do torto Marcos Valle, um perfil de Fred Astaire (?!), e uma resenha aditivada de Fim dos Tempos, nova investida do tacanho M. Night Shyamalan (cortesia de Tiago Lopes). Há ainda o primeiro capítulo do folhetim Pra Lembrar, de autoria do boss Daniel Faria e como faixa bônus escondida tem uma matéria minha sobre o livro Machado Afro-descendente: Escritos de um caramujo, do professor e pesquisador Eduardo de Assis Duarte.

* Também já está no ar o blog/revista/site do coletivo Lo Que Sea. Os figuras, autoridades nas baladas descolês natalenses, parece que agora resolveram arregaçar as mangas e produzir algo de vergonha. O site ainda está em construção, mas tá com um lay-out bem legal e já tem uns textos postados, retirados dos blogs individuais dos integrantes. É só ficar de olho, que eles prometem colocar mais coisa boa por lá.

* Os canalhas d' Os Bonnies foram destaque no portal Mondo77. Merecido. Se você ainda não sacou o single novo dos cara, corra no site deles e tire o atraso.

* O Teatro Mágico veio a Natal e fez merda. De novo. A última vez tinha sido em fevereiro desse ano, quando nem deram as caras por conta de pedengas com a produtora, que os levaria para Maceió, Campina Grande João Pessoa. No último fim de semana, a cagada foi com Os Poetas Elétricos que iriam abrir o show dos paulistas. Tudo o que eu teria a dizer a respeito já foi muito bem dito pelos chapas Alex de Souza e Hugo Morais. Assino embaixo.

* Só pra constar, a versão da banda potiguar está postada no site oficial deles, aqui.

* O lançamento bizarro do mês vai para o EP solo de Chuck Hypólito, guitarrista dos Forgotten Boys e melhor amigo das bandas potiguares. Numa tarde de tédio, o figura se trancou em casa e registrou duas composições próprias e dois covers. Um é um lado Ç dos Ramones ("I Can't Be", nunca lançada oficialmente) e a outra é um cover do... The Sinks! Fiel até demais ao original, diga-se. Nada que vá abalar a rotação da Terra, mas chega a ser curioso o suficiente para uma orelhada sem compromisso. Nem que seja por curiosidade mórbida. Mas tenho que admitir que uma das faixas, "It's Going Wrong So Far", vale mais do que 70% da carreira da banda titular do cidadão. Ainda que, à maneira dos Garotos Esquecidos, mantenha distância daquele troço chamado "originalidade". O link está no site do DoSol. Se achar que não vale o esforço, dê uma chegada no myspace do cara.

* Vai se aproximando a data de estréia para O Cavaleiro das Trevas, filme mais aguardado do ano desse lado de cá do monitor. 24 de julho, dizem. Enquanto isso, antevejo uma sessão de Batman Begins regada a cerveja e outros petiscos.

[[Atualização: Hugo Morais deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Estocadas rápidas": Morcegão chega dia 18 porra!!!]]

* Até.

7.7.08

Leia os livros, veja os vídeos

Descobri que a Flip tem um canal oficial no YouTube, recheado de vídeos das mesas de debate e de algumas figuras pitorescas que povoavam as ruas da cidade durante os dias do evento. Até agora, foram postados 28 vídeos, mas acredito que o pessoal ainda vá colocar mais.

Pinçei alguns, que comento logo abaixo, mas isso não redime você que lê daí de ir até lá dar uma sacada no resto do material. É só clicar aqui e ficar de olho, pra ver se os caras colocam vídeos da mesa de debate de Neil Gaiman e Richard Price e de outros momentos legais do ocorrido.

Eis os vídeos:

[[Rua do Comércio, Paraty]]


Rua principal do Centro Histórico de Paraty, onde se concentra a maiora dos malucos que por lá circulam. No vídeo, dá pra ter uma idéia da diversidade da fauna. Não dá para ver na tela, mas o restaurante em frente ao qual estão sentadas as pessoas da mesa (0:19), se chama Corto Maltese, em homenagem ao clássico personagem dos quadrinhos de Hugo Pratt. Um pouco mais adiante, depois do cara com a harpa (1:19) dá para ver, no canto esquerdo da tela, a banquinha de livros onde torrei meus tostões.

[[Humberto Werneck e Xico Sá sobre Jayme Ovalle]]


Trecho da mesa "Conversa de Botequim", entre Humberto Werneck e Xico Sá, mediada por Paulo Roberto Pires. Uma das mesas mais legais da história toda. A conversa girou em torno de uma porção de assuntos (inclusive a geografia tortuosa dos orifiícios do corpo humano), mas o centro era sempre a figura e a influência de Jayme Ovalle na literatura e na música brasileira, tema do livro O Santo Sujo, que Werneck lançou na Flip. No vídeo, Werneck relata um episódio hilário entre Ovalle e Fernando Sabino, na época em que os dois moravam em Nova Iorque. Na sequência, irrompe Xico Sá com tiradas do quilate de "Eu bebo pra caralho e escrevo socialmente".

[[O catecismo de Xico Sá]]


Xico Sá lê trechos do "Manual de Civilidade Destinado às Meninas para o Uso na Escola", retirado de seu livro Catecismo de Devoções, Intimidades e Pornografias. Tire as crianças da sala para ver esse. Antológico, de longe o melhor do pacote.

Por enquanto, é só. Caso apareça algo mais no canal da Flip do YouTube, posto aqui ou ao menos colo o link.

p.s.: Procurem também, no mesmo canto, os vídeos da mesa de Tom Stoppard. Muito massa, mas como o homem fala pra cacete o vídeo está dividido em três partes. Não postei porque ia ficar muito pesado, mas vá lá e confira.

6.7.08

Dias de Clinchy em Paraty

Cinco dias andando por ruas estreitas, tropeçando nas pedras do Centro Histórico de Paraty, cheias de gente de toda a parte do país, estátuas vivas, poetas, gringos, músicos, escritores e - invariavelmente - cachorros dormindo enrodilhados em todas as esquinas da cidade. Tudo isso num frio de rachar e tomando cerveja Devassa variando entre R$ 3,50 e R$ 4.

Sem falar no óbvio: a Flip, que esse ano foi de Xico Sá a Neil Gaiman, em 19 mesas de debate na tenda armada às margens do rio Perequê - Açú ( o qual só fiquei sabendo o nome no último dia da viagem).

Não sou muito fã de relatos pormenorizados de viagens, então vou ser sucinto: foi massa. Bebi, fiz amigos, gastei uma grana em livros (numa banquinha de usados esperta na Rua do Comércio, é bom frisar) e vadiei à vontade.

De lembrança, ficou o certificado de participação e classificação no Prêmio OFF Flip, esquecido numa mesa de bar na madrugada de ontem. Um dia a gente volta pra buscar.

A vocês que me acompanham nos programas etílicos, vamos retomar as atividades. Sabe aquelas cervejas que eu pedi pra vocês deixarem gelando? Pois é.

p.s.: Vou providenciar uma hospedagem decente para arquivar, novamente, o conto. Segurem as pontas aí, que eu volto já.

Foto: Débora Ramos

Até os cachorros de Paraty ficaram na fila pra tietar Neil Gaiman.