28.8.08

The boys are back in town


Os Bonnies estão de volta. E com gosto de gás, diria a minha avó. Os caras estão com disco novo na praça que vai ser lançado oficialmente nesta sexta-feira (vulgo, amanhã), no Centro Cultural DoSol, na Ribeira.

Enquanto (ou durante isso) leiam a entrevista com os caras feita em conjunto com Hugo Morais e Tiago Lopes para o Disruptores. Vai aqui.

Aproveite e acessem também o site oficial dos caras. Lá tem um porrilhão de singles pra download (e já clássico EP de estréia da banda, na íntegra), além das já famosas animações da dupla Arthur & Olavo.

22.8.08

O procurado número um do Brasil

Esse vídeo já circula há algum tempo na net, mas vale colocá-lo aqui para quem ainda não viu. Trata-se de um "semiquase mini doc de bolso" produzido pelo highlander local Vlamir Cruz, aka Mr. Mu, do combo audivisual Mudernage, sobre Paêbirú - disco de Lula Cortês e Zé Ramalho considerado hoje o mais raro do Brasil.

No vídeo, duas figuraças: Marcelo Morais, capo da Velvet Discos e o grande Abimael Silva, do sebo e editora Sebo Vermelho.


13.8.08

MADA 2008: banda a banda

Repetindo o sucesso estrondoso do ano passado, o Disruptores fez uma radiografia das bandas que vão tocar nos três dias do MADA. A primeira parte já está no ar.

Eis uma pequena amostra:

[[MADA 2008: Pelo menos não tem Pitty!]]



Só pra contrariar (vulgo S.P.C.) os que acham que a nossa fé na humanidade se esgotou com o nascimento do Rappa, estamos aqui, mais uma vez, sendo otimistas no título de nossa principal cobertura, para provar que SIM, sempre pode ficar pior. Agradeça a baby-jesus pela ausência de Pitty, a intragável, e torça por uma chuva bem na hora do show do Rappa.

Devido ao retumbante (vulgo acachapante) sucesso dos textos introdutórios às bandas do MADA do ano passado, resolvemos aumentar a equipe de desocupados dispostos a lhe apresentar à sempre irregular escalação de nossos alvos favoritos. Além de Alexis Peixoto e Tiago Lopes, nesta edição Alexandre Honório e Hugo Morais também fornecerão opiniões àqueles que não pediram, mas, mesmo negando, sempre procuram.

Um último pedido: produção do MADA, o estrago devastador que O Rappa e Pitty provocariam se tocassem numa mesma edição seria comparável ao Menudo e Rick Wakeman criando uma opera-rock de O Mágico de Oz. Favor manter as duas bestas-feras em distância aceitável, para evitar a autodestruição da Terra, que vai querer se proteger de alguma maneira.


Curtam o resto essa lombra em:

www.disruptores.com.br

E já que recordar é viver, relembre a trilogia do ano passado aqui.

12.8.08

Sinal dos tempos

Na era do MP3, disco de vinil recupera espaço entre os fãs de música

Artistas da nova cena como Mamelo Sound System e Mauricio Takara lançam LPs.Festa em São Paulo proporciona diversão gratuita ao som de antigos bolachões.

Lígia Nogueira
Do G1, em São Paulo



Ele resistiu à praticidade da fita cassete e ao brilho reluzente do CD. Agora, o disco de vinil dá pistas de estar vencendo mais uma batalha, desta vez com o MP3. Nem o fechamento, no início deste ano, da última fábrica de LPs do Brasil, a Polysom, que ficava em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, está impedindo que o formato ocupe seu merecido espaço no mercado especializado por aqui.

Enquanto os Estados Unidos dão continuidade à cultura de oferecer quase todos os seus lançamentos também em vinil – no ano passado, o país vendeu 1 milhão de unidades, e a previsão para 2008 é de 1,6 milhão - artistas da nova cena paulistana recorrem a fábricas estrangeiras e apostam na clássica bolacha como forma de propagar o seu som.

Clique aqui pra ler o texto completo.


10.8.08

Questões editoriais

Letras independentes
Escritores e editores potiguares fogem dos esquemas de grandes editoras e publicam seus livros por conta própria, movimentando o mercado da literatura no RN.


Que os artistas estão cada dia produzindo, editando e divulgando seus trabalhos por conta própria não é mais novidade alguma. Desde o barateamento das tecnologias de reprodução, impressão e difusão é mais do que comum ver cineastas abrindo seus próprios estúdios, músicos lançando discos por selos fonográficos independentes e escritores publicando seus livros por iniciativa própria, em selos editoriais de pequenas tiragens. Esse último exemplo em especial, vem se tornando cada vez mais comum no cenário cultural do Rio Grande do Norte.

Nos últimos anos, a produção literária do estado vem se tornando evidente graças ao esforço de editores e autores que se aventuram em empreitadas em prol da literatura local, muitas vezes custeadas do próprio bolso.

Embora os bloqueios do mercado ainda sejam muitos e difíceis de serem furados, o cenário a princípio parece promissor, com iniciativas de posturas e propostas diferenciadas. "Nunca o estado teve tantos editores com qualidades tão profissionais", sentencia Abimael Silva, da Sebo Vermelhos Edições, editora pioneira na publicação independente no estado, com 236 títulos publicados desde 1991.

"O momento atual é um salto de qualidade na literatura do Rio Grande do Norte. Hoje um autor que queira publicar tem várias opções editoriais para colocar seu livro na praça", completa.

A mais recente aventura editorial potiguar é a Edições Flor do Sal, dirigida pelo poeta Adriano de Sousa e pela publicitária Flávia Assaf. Investindo no formato dos livros de bolso, a editora estreou oficialmente com o lançamento triplo dos livros Menina Gauche, de Ada Lima, O Poema do Caminhão, de Sebastião Vicente, e O Pastoreio do Boi, de Márcio Simões.

Cavando uma saída para três autores novos, a editora prima pelo cuidado com a parte gráfica dos livros, impressos em papel de qualidade e com ricas ilustrações internas. Segundo Flávia Assaf, o selo nasceu em primeira instância por uma necessidade própria de quem é apaixonado por literatura.

"Foi uma simples questão de parar de reclamar que ninguém fazia e resolver fazer por conta própria", conta, sem demonstrar preocupação com o advento dos blogs e outras modalidades de publicação virtual. "Quem gosta de literatura, gosta de ler livro. Nosso plano é colocar bons títulos de bons autores com uma qualidade material boa, para quem gosta do livro como objeto", diz.

Apostando em uma seara inédita nos âmbitos literários locais, o selo Mekong, capitaneado pelo jornalista Cefas Carvalho e pela atriz e dramaturga Cláudia Magalhães, dedica a coleção Teatro Potiguar exclusivamente a publicação de textos relacionados ao teatro ou de espetáculos teatrais.
Depois da inauguração com o auto "Terra de Sant'Ana", de Cláudia Magalhães, a dupla prepara uma a publicação dos textos de outros dramaturgos potiguares, como Henrique Fontes e Clotilde Tavares, além de estudos e ensaios sobre a prática teatral.

"O estado, apesar de contar com grandes dramaturgos, não tem tradição editorial no teatro", conta Carvalho. "Nesse sentido, viemos para preencher uma lacuna mais artística do que mercadológica", define.

E o mercado já começa a dar sinais de renovação. Iniciativas curiosas como o lançamento da coletânea virtual do grupo "Verborrágicos!", que pode ser baixada tanto em texto quanto em áudio, no formato mp3, começam a pipocar por aí.

Recentemente, o selo Jovens Escribas anunciou a ampliação de suas atividades ao firmar parceria com a banda Os Poetas Elétricos, para o lançamento do CD "Estirado no Estirâncio".

[[Incentivo à polêmica]]

A criatividade, no entanto, ainda esbarra em algumas discussões polêmicas. Uma delas diz respeito à utilização dos recursos das leis estadual e municipal de incentivo à cultura para viabilizar a produção de livros, produto que, em tese, é destinado a uma parcela intelectualizada da classe média.

Carlos Fialho, do selo Jovens Escribas, que lançou os quatro primeiros livros utilizando a Lei Municipal Djalma Maranhão de Incentivo à Cultura, afirma que a lei pode ser um bom começo para que os autores aprendam a andar com as próprias pernas.

"O absurdo está em os livros serem destinados à classe média. Todos deveriam ter acesso a uma boa educação para desenvolver o hábito prazeroso da leitura. O fato é que se não fosse a lei de incentivo, não teríamos publicado quatro livros de autores estreantes que, com as vendas, estão podendo publicar outras edições de suas obras ou mesmo outros livros, dando seqüência ao trabalho literário", diz, lembrando que nenhum dos cinco projetos que o selo tem alinhados até 2009 utilizará recursos públicos.

Cefas Carvalho reconhece a validade da crítica, mas desvia a discussão para outro problema mais importante. "Não aceito nem repudio essa idéia. Apenas acredito que deve se pensar é na democratização e expansão do mercado", aponta, revelando que tentou incluir a publicação do texto de "Terra de Sant'Ana" no edital das leis de incentivo e que vai tentar novamente conseguir apoio público para as próximas publicações da Mekong.

Flávia Assaf tem uma opinião diferente. Segundo ela, o acionamento dos recursos públicos, com toda a burocracia envolvida, atrapalha mais do que ajuda. Um melhor uso para o dinheiro envolvido seria o investimento no estímulo à leitura.

"O problema das leis de incentivo é que existe muita burocracia, é preciso que você estude bem antes de poder utilizar de uma maneira que valha a pena. Melhor seria que esse dinheiro fosse usado para comprar livros de autores locais e abastecer as bibliotecas públicas", sugere.

[[Agora é lei]]
Se há um ponto em comum entre os editores potiguares, é a dificuldade em escoar a distribuição. "Hoje em dia, com essas facilidades tecnológicas que nós temos, fica muito fácil e muito simples produzir de forma independente. O problema é, realmente, fazer o livro chegar à mão de quem lê", aponta Flávia Assaf, da Edições Flor do Sal.

O escritor Carlos Fialho, do selo Jovens Escribas, engrossa o coro. "Distribuir é dureza. Ano passado, fechei acordo com duas distribuidoras: uma de João Pessoa, que levaria os livros do selo de Fortaleza a Recife; outra de São Paulo, distribuiria nossos títulos para o restante do Brasil. Hoje, meses depois, e às vésperas do nosso lançamento mais importante [o relançamento do romance "O Dia das Moscas", de Nei Leandro de Castro] os representantes dessas distribuidoras estão criando uma série de dificuldades e não conseguimos até hoje levar nossos livros para fora do estado, a não ser em casos isolados", desabafa.

Uma solução para o problema pode ser a Lei Henrique Castriciano, a Lei do Livro. Apresentada pelos deputados estaduais Fernando Mineiro (PT) e José Dias (PMDB), é uma adaptação da Lei Nacional do Livro e de projetos semelhantes em vigor no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.

Aprovada pela Assembléia Legislativa, em 16 de abril, e publicada no Diário Oficial no último dia 9 de junho, a lei promete, entre outras ações, facilitar o acesso à produção local por meio da ampliação de bibliotecas públicas, pela criação de novos pontos de venda de livros e a realização de eventos literários.

Enquanto os recursos para a implementação da lei aguardam definição para entrar no plano de orçamento do Estado no ano que vem, os editores comemoram com cautela a possibilidade de mudança.

Novamente, todos concordam que a lei, caso saia do papel, possa vir a ser uma injeção de ânimo no panorama literário do Rio Grande do Norte.

"Não adianta termos uma produção boa e se não há escoamento. Acredito sim que a lei possa significar um avanço, no sentido de criar uma cultura da leitura, não só entre jovens, mas entre a população em geral", opina Cefas Carvalho.

Por outro lado, poucos se dão ao luxo de nutrir falsas esperanças na possibilidade de que isso aconteça de fato. "Infelizmente, o Brasil é um país no qual as leis foram feitas para não serem cumpridas", lamenta Abimael Silva.

Um dos grandes empecilhos no que diz respeito à distribuição, na opinião do editor sebista são as livrarias, que nutrem preconceito mortal contra os autores potiguares. Para furar o bloqueio, Abimael recorre a pontos de venda pouco usais para a literatura, como bares e restaurantes, enquanto não concretiza um sonho que acalenta à muitos anos.

"Meu sonho é, um dia, abrir uma livraria exclusivamente com autores potiguares. Já sei até como ela vai se chamar. Mas isso é coisa pra daqui a uns oito anos, quando eu passar dos cinqüenta", planeja. Até lá, o jeito é ir procurando nas prateleiras do Sebo Vermelho.

*Publicado na edição do jornal NaSemana do dia 28/06/08

5.8.08

O homem está entre nós


"Um artista não precisa sofrer para mostrar sofrimento, ele só tem que entender o sofrimento. A intuição é o principal instrumento de um artista. Sou uma pessoa feliz por dentro, mas minhas histórias refletem o mundo real, e vivemos num mundo negativo”

- frase de David Lynch, retirada da matéria da repórter Carla Meneghini, do G1, sobre a passagem do diretor americano pelo Brasil.

Leia o texto completo aqui.

*Foto - Carla Meneghini/G1

2.8.08

Dois endereços legais

Ouso romper, em pleno horário de expediente, o limbo da falta de internet em casa só pra indicar dois endereços massa na web.


Um é o site da Velvet Discos, saudosa loja de bolachas capitaneada pelo chapa Marcelo Morais ali na Hermes da Fonseca até o final do ano passado. No site, além do catálago de bons discos de sempre, tem camisetas legais, imãs de geladeira, quadros e outros bugingangas que devem satisfazer os tarados por cultura pop. A novidade é o blog do próprio Marcelo, onde ele aponta as últimas novidades da música. Por último, mas não menos importante, vale dar o crédito pro design do site feito pela DZ3 Design do casal bizarro - mas amigo - Kênia & Honório. Clica aqui.

O outro endereço foi enviado pelo globetrotter virtual Tiago Lopes. Trata-se de uma idéia tão genial que eu quase fico com raiva por não ter pensado nela antes. No blog Judge a Book by the Cover, um figura muito do galado - no bom sentido - faz justamente o que o título diz: julga livros por suas capas ridículos. Vá lá e tente não se borrar de rir com as pérolas apresentadas, seguidas pelos comentários espirituosos do autor. Vai com Deus.